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Mostrando postagens de março, 2010
Eu tentei fugir e fui desencorajada. A história sempre se repete, meu talento é único, se fosse bom seria invejável. A capacidade que eu tenho de acreditar é o que me arrasa. Infelizmente, quem morre por último é a esperança e ela anda de mãos dadas com as nossas fraquezas. Ainda assim, eu insisto em pedir, avisar, orientar. Eu me exponho. Eu viro uma ridícula. Se eu não tivesse tanto medo de palhaço, certamente eu mereceria um nariz vermelho. Algumas sensações não têm nome, mas um ponto de interrogação define bem essa. - Como vai você? - Eu estou “?”. E tu? - Ah, eu estou “!” - Que booooom, Nogueira. Talvez a culpa seja do não dito. Não, acho que tudo foi dito. Pelo menos tudo que era importante foi dito. Talvez nem tenha culpa nenhuma, mania feia essa de sempre ter que culpar alguém, alguma coisa. Parece que no mundo só se tem certeza da morte e da culpa. Dá licença, tira o pé do meu gramado. Não pisa na minha grama, ontem plantei sonhos aqui. Ser feliz é uma atit
Às vezes parece jogo de xadrez sem tabuleiro. Posso ser a rainha do jogo da minha vida? ====== Em tempo: amo conversar com o Salton. GRANDE AMIGO GRANDE IRMÃO (em caps lock)

babel

Ela masca chiclete. Ele lava as cuecas no banho. Ela mora numa cidade pequena e suburbana. Ele corta o cabelo a cada 15 dias. Ela toma vinho tinto. Ele liga o ar condicionado. Ela não fala francês. Ele usa meias brancas. Ela usa gloss com glíter. Ele é destro. Ela não sabe pintar as unhas. Ele coleciona tampinhas. Ela ouve rock. Ele não usa óculos. Ela corre nos finais de semana. Ele lê o obituário. Ela usa pantufas. Ele comprou uma moto. Ela é impaciente. Ele toca sax. Ela acende velas pela casa. Ele tem um cachorro. Ela sabe regra de três. Ele dirige mal. Ela tem medo de altura. Ele come batata frita com mostarda. Ela não usa vermelho. Ele tem i-pod. Ela tem irmãs. Ele gosta de Fernando Pessoa. Ela é vegetariana. Ele tem imãs de geladeira. Ela dorme pouco. Ele não quer ter filhos. Ela abre a janela. Ele usa relógio. Ela odeia abacaxi. Ele tem rinite. Ela ama fotografia. Ele dorme no sofá. Um dia ela foi molhar as plantas.

surpresa

Um dia um pingo de tinta, desses bem desavisados, caiu sem querer no meu papel. Passei o dedo e aquilo foi virando o mar. Depois o céu. E nasceu um mundo. Um dia, eu desavisada, fui caída sem querer numa vida de alguém. Agora é difícil saber quem é o mundo de quem.