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Mostrando postagens de junho, 2010

mogli

Não que eu queira me desfazer da postura de boa moça – que eu juro que sou –, mas boas moças também falam de sexo. Lógico que eu não pretendo falar das minhas particularidades ou das minhas preferências. Eu tenho lido muita, muita, mas MUITA, em caps lock, bobagem. Escutado mais ainda. O mundo da solteirice é complicado demais, porque os próprios solteiros e solteiras complicam. SIM, homens e mulheres, meninos e meninas. Não venham me dizer que as mulheres complicam tudo, complicam muita coisa sim, mas os homens também têm suas parcelas de culpa. Até tenho as minhas opiniões um pouco machistas, volta e meia me vejo inclinada a defender o time dos meninos, adoro e adoto a praticidade deles no que dá (literalmente, ou dá ou desce). Isso tem uma explicação, já falei aqui: assim como Mogli foi criado por lobos, eu fui criada por meninos. Fui ter amigas lá pelos 15, 16... O que não quer dizer que Mogli seja um lobo, muito menos que eu seja um menino. Definitivamente, não sou. Mas sempre ti

das desculpas que eu não peço

PEQUENO ESCLARECIMENTO: este post já foi publicado no blog antigo, mas revivi ele por se encaixar perfeitamente ao dia de hoje, nesta semana. Também porque sem ele a Jana não vai me dar alta!  Aquele que já estava engatilhado, eu publico depois. Desculpa se eu não peço licença e acabo invadindo os lugares que não me são permitidos, se fazendo isso eu cometo atropelos. Desculpa pelas minhas desobediências, mas eu nunca disse que era uma menina boazinha, desculpa pela minha mania de pensar demais, de querer demais, de fazer demais e esperar de menos. Desculpa por todas as palavras que eu não disse e pelas que eu disse mentindo, mas estava escrito na minha testa que era mentira. Desculpa pelo meu amor cínico, pela intensidade passageira, pela falta de tato. Desculpa pelos choros mentirosos e risadas pretensiosas. Desculpa pelos pequenos segredos, pela personalidade forte, pela falta de submissão, pela inteligência, pela opinião, por ter ligado o foda-se, por jogar as coisas por cima

bigorna

Não duvido que eu tenha estado errada. Mas, como a maioria das pessoas, sempre achei que a paixão fosse dominada totalmente pelo sentimento. Não é. Pelo menos é nisso que tenho sido levada a crer. Mudei de ideia, me agreguei a uma nova filosofia sobre a paixão. Acho que pode ser que a paixão impulsione muita coisa. Pode impulsionar tudo sem passar nem perto de qualquer racionalidade. As atitudes apaixonadas não são apresentadas à razão. Mas não acredito mais que a paixão seja puramente sentimental na sua origem. Acho que ela não vem do sentimento, acho que vem da racionalidade. Não acho mais que seja possível conhecer uma pessoa e no meio da conversa – ou nas conversas vindouras – sentir uma bigorna despencando na cabeça, com as letrinhas: PAIXÃO. Cena de desenho? Pode ser... Não querem um amor de novela? Pois a minha paixão é de desenho animado! Acredito que a paixão surja da mais pura racionalidade. Qualquer coisa do tipo: “acordei disposta a dormir apaixonada”. Depois disso

uma nota só

E depois dos dias nublados, sem motivo me faço radiante dia de sol. A tempestade que se armava foi embora, cessaram os trovões, não vejo mais raios. Tudo isso contra a minha vontade. Sim! Às vezes tento fazer com que o mau humor impere apenas para que eu me sinta mais humana. Da mesma maneira que às vezes preciso colocar uma futilidade na minha vida, sem julgar ou condenar. Não quero mais ouvir lamentações. Minha ouvidoria de reclamações está em greve. Desculpa, eu sei que é egoísmo, mas é temporário, garanto. É que de uma hora pra outra, tudo que eu escuto são pessoas na minha volta dizendo: “que saco, dia dos namorados sem namorado”. Ok. Mas antes do dia 12, tudo bem não ter namorado? E depois? Também? Parem de reclamar, ou reclamem do frio, sei lá... Simplesmente reclamem pra outra pessoa, então! Eu estou no maior climão de dia dos namorados, adoro o dia dos namorados... Me fazendo feliz – o certo seria “fazendo-me”, mas acho assim mais poético. Comprei-me (uau!) presentes, compre

crystall ball

Existe a palavra contículo? Se não existe, está inventada. Avisem o seu Aurélio que quer dizer um conto bem pequenininho, como uma gotícula. Algumas histórias são rios, outras são pingos. As minhas geralmente são baldes – de água fria. Eis aqui, um contículo... Eles já se conheciam quando se encontraram naquela festa, que não estava boa. Ele bebia cerveja, ela água. Ele estava com os colegas de trabalho, ela com as ex-colegas da faculdade. E ela já havia se interessado por ele, já deu bandeira e até se insinuou em outra oportunidade. Discretamente. Ele se fez de desentendido, mesmo assim, raramente acabava uma festa sozinho. Ela nunca ia embora acompanhada. Conversaram num canto do bar, entre muitos sorrisos e alguns goles das suas respectivas bebidas. Não estavam propriamente flertando. Na verdade estavam sim, apenas tentavam fingir que não. Foi quando chegou Lise. Era uma das ex-colegas de faculdade dela, talvez a mais bonita, queixo e nariz harmônicos, cabelo preto, cu