Eu quis muito uma irmã. Queria mais que tudo. Não dei sossego aos meus pais até ver a barriga crescer. Esperei aflita a confirmação: é menina. Pronto, a barriga da minha mãe passou a ser minha caixinha de música, grudava o ouvido esperando que a minha irmãzinha fizesse algum barulho. Ela chutava muito. Escolhi o nome: Renata – homenagem tricolor prontamente bem recebida pelo meu pai. Renata já nasceu linda. Foi linda enquanto criança, linda adolescente – o que é raro – e segue linda. É de admirar cada traçado perfeito, é harmônica, suave e exuberante. É a minha princesa. Se eu pudesse escolher alguém no mundo pra ser minha irmãzinha, escolheria ela. Claro que já brigamos, já discutimos, mas jamais passamos um dia sem nos falar. Jamais passamos um dia sem nos amar. E ser amada por ela é uma das melhores coisas que pode acontecer. Minha mana é minha parceira, amiga, filha, mãe, irmã mais velha, irmã mais nova. É a alegria do meu café na cozinha, quando desfiamos fofocas com a gelad...
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