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Mostrando postagens de maio, 2010

mola

Atenção. Isto é sério. Se você espera ler um texto meio chorosinho, politicamente correto, com início, meio, fim e moral da história, tal qual manda o figurino, feche o blog agora. Definitivamente, hoje o texto sou eu. Com todos os avessos dos avessos. Desculpa, me escarrei aqui! Eu, no auge de toda a educação, moral, bons costumes, bons modos e atitudes comedidas que me foram ensinadas, confesso... sou mesmo uma impulsiva. Vez que outra sento de pernas abertas, mascando chicle pra fazer barulho, falando palavrão e fazendo gestos obscenos. Eu disse vez que outra? Disse. Ok. Não faço isso porque perdia a classe ou desci do salto. Sempre deixo claro que isso eu não faço, ainda quando pareço amarrotada, tenho alma de tergal. Prezo por manter a elegância, a menos que batam no meu carro ou furem a fila no super! Ah, gente muito chata também não merece meu alinhamento comportamental. Kuky, volta pro rumo da conversa! Eu sei que eu queria falar sobre os recomeços, mas não será agora.

um passo

Acho chato quando procuro e não encontro. Acho bem chato não encontrar e acho bem chato os desencontros. Entre pessoas, entre objetivos, entre tempos, entre mandos e desmandos. Acho chato, só. Acho estranho abrir o olho e não ver o que eu queria, não estar onde eu pensei que estava. Esta cama não é minha e se é, não está no lugar. Talvez o lugar esteja vago. Opa, no meu carro também um banco vazio... realidade. Toda a história é única. Não se repete. Os personagens sempre mudam, a cada página um pingo a mais de tinta faz pesar uma consciência que não tem dono. Hoje eu acordei meio despudorada. A mais ardida das pimentas não me faria cócegas. Hoje eu falei muito do que não devia e ouvi pouco. Dormi mais e melhor do que de costume, me permiti algumas regalias, extravagâncias, luxo e até arrogância – que eu detesto. Andei colocando um pé na porta. Um dedo na boca. Os pés pelas mãos. Bom? Arram. Impulsividade nunca foi problema meu. Todo o início é único. Tudo é sempre muito bo

um porto

Eu não gosto da palavra solidão. E também não sei sentir isso... sinto qualquer outra coisa, dou qualquer outro nome, eu batizo, eu invento. Mas me recuso a sentir solidão. Me assusta, associo com coisas escuras e maléficas. Vez que outra essa bruxa tenta me assombrar, nublar o meu dia, apertar aquilo que eu carrego no peito, embrulhar meu estômago e deixar qualquer coisa presa na minha garganta. Um grito, um gemido, um pedido de ajuda, um “eu te amo”. Daí descubro em mim as minhas múltiplas companhias – porque nem sempre posso grudar em um amigo - , de algumas delas eu gosto, de outras não. E sabe o que eu descobri? Que às vezes eu fico muito sozinha junto com uma porção de gente. E que às vezes eu faço uma GRANDE festa sem ninguém em volta. Óbvio que eu gosto de mim múltipla, me reinventando, redescobrindo, me analisando e criticando (esta é a pior parte). E me odeio quando eu tento me enganar porque eu sei que não consigo me mentir, as minhas verdades doem como engolir um porc

resgate

Entender é um dom, que às vezes eu não tenho. Talvez não seja tão difícil quanto perdoar... Me confunda, mas não o suficiente para que eu desista de brincar, vire as costas e vá embora. Seja sincero, ainda que eu pareça preferir que não. Não me subestime, não pense que eu não tenho senso de realidade, por mais que eu voe – e eu vôo longe – eu sei bem fazer meus pés tocarem o chão. E sei pra onde andar e sei quando correr e sei do que eu quero fugir. Também sei quando me roubam o chão, infelizmente. Eu sei que eu não tenho mapas, que eu chutei a bússola, que no meu caminho tem buracos. Mas acredita que eu já pulei por precipícios? Acredita que eu já vivi dias de tormentas? Já fiquei nublada, já fiz temporal, já entrei em erupção. E em ebulição também. Eu funciono em condições diferentes de temperatura e pressão. A maioria das convenções não se aplicam a minha pessoa. E sim, foi isso que eu escolhi. E sim, a grande maioria das vezes que eu caí também foram pelas minhas escolhas. Por f