Eu não gosto da palavra solidão. E também não sei sentir isso... sinto qualquer outra coisa, dou qualquer outro nome, eu batizo, eu invento. Mas me recuso a sentir solidão. Me assusta, associo com coisas escuras e maléficas. Vez que outra essa bruxa tenta me assombrar, nublar o meu dia, apertar aquilo que eu carrego no peito, embrulhar meu estômago e deixar qualquer coisa presa na minha garganta. Um grito, um gemido, um pedido de ajuda, um “eu te amo”.
Daí descubro em mim as minhas múltiplas companhias – porque nem sempre posso grudar em um amigo - , de algumas delas eu gosto, de outras não. E sabe o que eu descobri? Que às vezes eu fico muito sozinha junto com uma porção de gente. E que às vezes eu faço uma GRANDE festa sem ninguém em volta.
Óbvio que eu gosto de mim múltipla, me reinventando, redescobrindo, me analisando e criticando (esta é a pior parte). E me odeio quando eu tento me enganar porque eu sei que não consigo me mentir, as minhas verdades doem como engolir um porco-espinho! Por favor, não tentem isso em casa – espero que ninguém do IBAMA esteja lendo! Claro que me agrada o que eu vejo quando olho pra dentro, quando eu vejo os meus valores e princípios, gosto de me gabar deles... mais ainda de acreditar neles.
Às vezes o que a gente procura está do lado de dentro. Às vezes os amigos são apenas as pessoas que carimbam nosso passaporte pra introspecção. A gente precisa ficar pequeninho pra caber dentro do próprio peito e depois ficar grandão de novo pra encarar a vida de frente. E daí? Sente o quê? Sério que tu não tá sentindo isso? É uma brisa batendo no rosto porque a porta da felicidade está aberta. Passar por ela é uma escolha nossa. O melhor é que não é preciso levar certezas, as dúvidas podem ir, os medos, as brigas, as reconciliações. É tudo questão de olhar pra dentro e sentir que está tudo bem. É tudo questão de escolha. Não tem certo ou errado. Não existe perdão ou perdoados. Não existe salvação e pecado. Não é questão de andar junto ou separado, é questão de andar. É a escolha consciente. Que sejam necessárias, sóbrias, lúcidas. Que sejam bem feitas. Que sejamos felizes com elas e que elas jamais nos traiam.
Entendeu que as nossas escolhas são as pedrinhas que ladrilham o caminho?!
Nosso único trabalho é definir onde queremos chegar , o que queremos ter, quem queremos ser.
O que é verdade pra ti?
Quais tuas prioridades?
Respostas do lado de dentro.
(Como se vê, ainda estou no labirinto, sem David Bowie!)
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Um salve pro meu professor de ética da faculdade (Guzo?! Era isso?!), que dizia que é muito errado condicionar nossa felicidade às escolhas alheias.
Ok.
Apenas gostaria de lembrar que somos seres sociais, até o mais egoísta.
beso, profe!
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música pra quem está chovendo:
Rain - Blind Melon
All I can say is that my life is pretty plain
I like watchin' the puddles gather rain
And all I can do is just pour some tea for two
and speak my point of view
But it's not sane, It's not sane
I just want someone to say to me, oh oh oh oh
I'll always be there when you wake
You know I'd like to keep my tears dry today
So stay with me and I'll have it made
And I don't understand why I sleep all day
And I start to complain that there's no rain
And all I can do is read a book to stay awake
And it rips my life away, but it's a great escape
escape......escape......escape......
All I can say is that my life is pretty plain
you don't like my point of view
you think I'm insane
Its not sane......it's not sane.
I just want someone to say to me, oh oh oh oh
I'll always be there when you wake
You know I'd like to keep my cheeks dry today
So stay with me and I'll have it made
and I'll have it made, and i'll have it made, and i'll have itmade.....
Comentários
Um Beijo e um Abraço daqueles de dentro pra fora. Sei que tu entende isso...
Dani
Se quiser conversar com um admirador, esse é meu msn: pe_surfer@hotmail.com